Camaleão, serpente, coringa. Escuso, escuro, sorrateiro. Codinomes que me descrevem. Características que me denunciam. Possuo várias denominações, porém só uma me escancara como adjetivo do que realmente sou: Mandrake.
Meu verdadeiro nome não poderei revelar. Mandrake é minha alma e eu sou a alma de Mandrake. Faço mágicas e truques como ninguém. Disfarço-me e engano a todos com o objetivo que motiva o mundo em que vivemos: $.
Intuito de desfrutar todos os prazeres efêmeros que a vida pode propiciar. Para isso, preciso de dinheiro. E só existem dois tipos de pessoas: as usufrutuárias e as usufruídas. As que enganam e as que são enganadas. As inteligentes e as burras. Como é fácil ludibriar essa gente, sinto prazer. Esse dinheiro tem um apreço especial, um cheiro, um gosto. Afinal, não preciso ser usufruído, simplesmente engano meia dúzia de ‘trouxas’. Dinheiro é bom, dinheiro fácil mais ainda, dinheiro de ‘trouxa’ é um orgasmo.
Mesmo sendo arrogante, admito que já fui pego com a ‘boca na botija’ algumas vezes. Tenho orgulho de cometer o erro dos gênios: a arrogância. O maior problema é a facilidade com que as pessoas são enganadas, o cinismo sobe à cabeça e cada vez mais o desleixo impera. Como não há desafio, tenta-se ludibriar com a maior ‘cara-de-pau’ possível, aí é uma armadilha, caí nela. Mas saí com estratagema, como um mestre maquiavélico, aplicando um contragolpe e recolocando os ‘trouxas’ na armadilha em que se encontravam. Golpe de mágica, golpe de mestre. Camaleão, serpente, coringa. Escuso, escuro, sorrateiro. Orgulhoso de cada passo e golpe deferido por mim: Mandrake.
Vicente Figueiredo
terça-feira, 11 de novembro de 2008
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