terça-feira, 11 de novembro de 2008

Padronização de $á

A Estácio de Sá carioca ainda tem alguma pretensão de achar que sabe administrar a própria filial?

Tudo andava às mil maravilhas (ou quase isso, ou, tá, um tanto menos que isso, mas vamos manter a mente aberta, porque pelo menos melhor estava) quando um belo dia os chefões lá de cima resolveram tomar posse de tudo.

O primeiro choque dos alunos foi com o tal do SIA. A coitada da Estácio josefense foi escolhida como Cristo (com o perdão do trocadilho) e teve que penar para ser a pioneira a implantar o sistema tão eficiente: quatro meses de aula e ainda ouvimos os mesmos comentários sobre o absurdo que é só ter acesso correto ao SIA usando o Internet Explorer; além disso, todos os professores agora precisam abrir um momento “pergunte-me suas faltas e eu as calcularei” durante as aulas, já que perdemos o direito de consultá-las online.

O segundo problema visível é a eterna novela dos boletos. Novamente, quatro meses de aula e ainda recebemos boletos com valor errado (quem teve problema com o desse mês levanta a mão), ainda temos dificuldade para fazer o pagamento, e ainda não recebemos notificação alguma quando o financeiro erra o valor da mensalidade e envia o boleto errado, cem reais abaixo do valor certo (vejamos quantos de nós ouvirão o argumento da falta de caráter de novo) e deixa o financeiro local sem saber o que aconteceu e nem o que fazer a respeito – sim, essa é a burrada mais atual da chefia carioca. Até minha mãe já está reclamando que quer uma bola de cristal para saber qual será o valor da próxima mensalidade. Já eu prefiro esperar a emoção do momento de abrir o envelope e dar de cara com algum número nunca visto.

Sim, o problema maior está todo na “administração” da matriz no Rio, nós sabemos (sabemos? Alguém nos disse?). Mas quem sofre com os absurdos somos nós, e é lógico que nós vamos reclamar com quem está próximo. Os professores estão desmotivados, o clima está pesado, os alunos estão revoltados, os funcionários são grosseiros (não todos, claro, mas uns e outros por aí conseguem compensar a simpatia dos demais), e não foram poucas vezes que eu ouvi a pergunta: “o que, afinal, está acontecendo aqui?”

Não sei. Só me pergunto quantas turmas de jornalistas, advogados, fisioterapeutas, psicólogos e publicitários indignados com a instituição a Estácio pretende formar por aqui.

Isabel Humenhuk

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